A Musicoterapia surgiu oficialmente, enquanto ciência, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a música passou a ser usada na reabilitação e recuperação dos soldados feridos.
Atualmente, a Musicoterapia está estabelecida em cerca de 40 países, com mais de 130 cursos, de graduação a doutorado, em todo o mundo.
A relação entre arte e terapia foi estudada pelos psiquiatras no século XIX e fascinou os psicanalistas do século XX. Mas foi dentro dos hospitais, que os resultados da Arteterapia ficaram evidentes. No Brasil, Nise da Silveira, revolucionou a psiquiatria praticada nos manicômios introduzindo a arte e recusando-se a aplicar eletrochoque. Em 1952, ela fundou o museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro, criando oportunidade para o público compreender o universo interior do esquizofrênico.
Sobre as terapias
Qual é o objetivo da Musicoterapia?
Despertar a música interna do cliente por meio de um planejamento estruturado, no qual são utilizados som, ritmo, melodia e harmonia. O processo, seja individual ou em grupo, possibilita a organização física, emocional, cognitiva e social.
Como é uma sessão de Musicoterapia?
Musicoterapia não é necessariamente música, mas sim estímulos sonoros que façam sentido durante a sessão. Pode-se ouvir música, cantar, tocar, reescrever a letra de uma melodia conhecida, compor com o terapeuta, tocar junto…
Qual é o objetivo da Arteterapia?
O uso espontâneo da arte, como base de um processo terapêutico, visa a resolução de conflitos interiores; a ampliação da consciência individual; o posicionamento do ser em sociedade, a descoberta de potenciais e abertura para novas possibilidades.
Por que unir Musicoterapia e Arteterapia?
O estímulo sonoro libera a criatividade. Há momentos específicos da terapia para entrar com os diferentes recursos expressivos. No ateliê terapêutico, o cliente cria, nomeia, escreve e conversa sobre sua obra com o terapeuta. Dessa obra, pode surgir um som e um som pode despertar a vontade de desenhar, dançar ou escrever.
A Musicoterapia tem contraindicação?
Sim. Os ritmos musicais influenciam os batimentos cardíacos e também podem facilitar associações do cérebro com comportamentos e situações inadequadas ao momento atual da pessoa. Uma terapia sonora mau aplicada tem efeitos colaterais, como qualquer tratamento.
Qual é a formação necessária para ser Musicoterapeuta?
Para o exercício da profissão de musicoterapeuta exige-se curso superior, com quatro anos de duração.
Além das disciplinas específicas de Musicoterapia, a grade curricular está fundamentada em três sub-áreas: a científica (especialmente neurocientífica), a artística (especialmente musical), e a de sensibilização (arteterapêutica e corporal).
Qual é a formação necessária para o exercício da Arteterapia?
No Brasil, a Arteterapia é uma especialização destinada a profissionais com nível superior, que a atuem nas areas de saúde, arte-educadores ou psicopedagogos. O curso tem carga horária de mais de 500 horas e prevê estágio supervisionado obrigatório.
Os meus desenhos e obras serão analisados durante as sessões?
Não. O objetivo não é encontrar significados ou fazer avaliações de qualquer espécie. As produções servem para ajudar o cliente a ter insights, ou seja, associar as produções aos seus conteúdos internos
Qual é a importância da qualidade sonora e artística dos trabalhos realizados em terapia?
Nenhuma. A Musicoterapia e a Arteterapia buscam a espontaneidade e não a estética.
Poderei conversar com o terapeuta durante a sessão?
O cliente não deve sair da terapia com dúvidas ou chegar com dúvidas da sessão anterior. As terapias são práticas, têm um tempo de processamento interior e esse processamento pode ser verbalizado ou expressado por meio de texto ou de qualquer outro formato.
Preciso expor o meu problema?
Não. Muitas vezes passamos por coisas que não queremos lembrar, não assumimos para nós mesmos ou não queremos que ninquém saiba, ainda que seja um terapeuta. Isso não interfere no resultado da terapia pré-verbal. Você é agente do seu processo, não o terapêuta.
Vou aprender a tocar, dançar ou pintar durante as terapias?
Não. O Núcleo Cor do Som possui uma agenda específica de para oficinas e cursos.
Musicoterapia e Arteterapia são terapias alternativas?
Não, são terapias complementares, isso quer dizer que trabalhamos em conjunto com outros profissionais. Por exemplo: se um cliente foi vítima de AVC, estaremos em comunicação com a equipe de fonoaudiólogo, neurologista, fisioterapeuta…